A autora nas Escolas: Colégio Marupiara, São Paulo.

Marupiara_Criança_oficina_02No dia 12 de Junho foi a vez de visitar o Colégio Marupiara, em São Paulo. Marupiara na língua Tupi-guarani significa ternura e sabedoria. Para essa escola, esses dois princípios devem estar presentes em cada momento da formação dos alunos. Legal, né? O Marupiara é um colégio diferenciado, com uma proposta de ensino moderna e aberta, e dá pra sentir isso logo quando a gente chega lá e começa a conversar com as crianças e professores. A meninada é bem informada e cheia de energia, participando ativamente em todos os aspectos da escola. Eles falam da escola com muito orgulho, a gente sente que eles adoram estudar lá. Senti o mesmo conversando com professores, bibliotecárias e equipe pedagógica.

A minha visita foi parte de um evento chamado “Consciências em Movimento”. Na carta convite que a escola me enviou antes do evento, eles escreveram o seguinte:

“A escola deve assumir um papel de aglutinador dos temas que afetam o cotidiano social. Assim, entendemos que é nosso dever trazer à tona temas que sem dúvida permeiam as discussões em vários âmbitos sociais. Na escola, buscamos fazê-lo de forma profunda e com a colaboração de pensadores reconhecidos no cenário intelectual brasileiro contemporâneo. É nosso objetivo também promover essas discussões a fim de consolidar nosso compromisso público, em pensarmos ideias e ações para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Contamos com sua presença para realizarmos juntos esse importante movimento. Sua presença será fundamental para o aprofundamento e as reflexões que almejamos produzir junto aos alunos, aos educadores do Colégio Marupiara e à sociedade.”

Fomos recebidos cedo com um ótimo café da manhã, e depois passei algumas horas com uma turma de alunos conversando sobre a arte da Arquitetura e sobre os outros livros da coleção “No Caminho das Artes”. No final do nosso encontro, tiramos essa foto:

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Depois, todos os alunos, professores e artistas convidados se reuniram no pátio central da escola para assistir à uma interferência (um tipo de “happening” como aqueles que eram feitos nos anos 60 e 70) de um grupo do Ensino Médio. Foi uma apresentação muito forte, sobre a ditadura Brasileira, com foco na violência e tortura promovidas pela ditadura para acabar com a oposição política. Fiquei muito impressionada com a qualidade e força da ação de interferência dessas crianças, que fizeram um trabalho maduro e bastante impressionante. Essa foto mostra a primeira cena da interferência teatral:

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Almoçamos junto com outros autores e professores, e à tarde fiz duas oficinas ótimas com crianças entre 8 e 10 anos. A Karin Bernardi da equipe de divulgação da Saraiva havia preparado 50 kits com os materiais de arte para usarmos durante a oficina. Ela caprichou muito e os kits ficaram ótimos! Obrigada, Karin!

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Antes da oficina, conversei com as crianças sobre o tipo de construção africana específica de Togo: qual o tipo de material usado, como são os moradores da casa e como a moradia reflete o estilo de vida e os elementos da cultura própria daquele povo; e também comparamos as moradias de Togo com construções similares que vemos aqui no Brasil, como as casas de sapé e as ocas indígenas. Depois colocamos a mão na massa – literalmente! E ensinei às crianças como construir uma miniatura desse tipo de moradia usando os kits prepardos pela Karin. As crianças adoraram e as casinhas ficaram muito legais.

Obrigada Marupiara! Continuem levando adiante a sua proposta de ensino única, com muita ternura e sabedoria!

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